20 agosto, 2013

Rodovia da Solidão

É inegável e indispensável a existência da BR-381. A "Rodovia da Morte" está sempre rodeada das mais variadas pessoas, corpos vindos dos mais diversos lugares, com as mais diversas marcas e historias. Porém, estes corpos estão presentes muitas vezes, somente em corpo e não em alma fazendo assim com que a BR esteja preenchida somente fisicamente. É um enchimento superficial. Oque se vê são somente vultos, corpos apressados, seres famintos que se alimentam sempre do instante seguinte, não se permitindo assim a interação com o agora se isolando em um mundo e um momento criado e habitado por si, somente. Aglomerados de solidão é do que se constitui a BR-381.
Ou seja: nem sempre um lugar cheio é antônimo de um lugar vazio. O "cheio físico" da BR contradiz com seu vazio espiritual.











Este é um trabalho que retrata a solidão e tem como cenário a BR-381 que também faz alusão a este sentimento/estado físico/espiritual. Tem como influência a fotógrafa Cindy Sherman e sua técnica de "Self-portrait" na qual ela está sempre presente nas fotos,muitas vezes retratando situações e/ou pessoas. Com a intenção de representar a solidão, como um vazio espiritual, e tendo como referencia a técnica citada acima, me caracterizei de Andarilho que nada mais é, do que uma pessoa sozinha, excluída, desligada do mundo, que aparenta abandono e desprezo, me arriscando a dizer que um andarilho é a representação viva da solidão.Uma citação, na qual me identifiquei bastante foi quando Diego Kuffer, fotógrafo e critico de fotografia, disse: "[...] um dos aspectos da fotografia que me seduziu foi a possibilidade de capturar momentos. Logo, no entanto, percebi que eu estava equivocado: eu era apenas capaz de recolher instantes. Um momento era algo mais longo, complexo do que uma câmera seria capaz de registrar." Me vi exatamente nessa situação ao fotografar (e ser fotografada) para este trabalho e compartilho deste mesmo pensamento. Fui completamente fracassada na minha tentativa de capturar momentos que é algo incrivelmente grandioso, oque até então eu não tinha me dado conta, e me vi fotografando meros instantes, somente, na pele de um andarilho.

09 agosto, 2013

Introdução à Arquitetura Atemporal

Frank O. Gehry

Frank O. Gehry, um arquiteto canadense, ganhador do Pritzker Prize, que é tido como o Nobel da arquitetura disse uma vez: "Arquitetura deve falar de seu tempo e lugar, porém anseia por atemporalidade." Atemporal, nada mais é do que algo transita no tempo sem necessariamente pertencer ao passado, futuro ou presente, é tudo aquilo que permanece válido no tempo, independente de circunstâncias e tendências momentâneas. E é essa a idéia, conheçam a minha arquitetura atemporal.


Sejam todos bem vindos, Tais.

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19, estudante de arquitetura e urbanismo.

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